domingo, 20 de maio de 2012

Darwin on Instincts and the Expression of Emotions



SUMMARY

In Chapter VII of the Origin of Species, Darwin proposed thatinstincts were behavioraladaptations that had evolved by natural selection andsexual selection. Darwin provided many examples of instinctive behaviors in animals, and suggested how such behaviors could have evolved. In particular, he proposed that animal social behavior was the result of natural selection acting at the level of “families”, rather than individuals.

In his later book, On the Expression of Emotions in Men and Animals, Darwin elaborated on the idea that behaviors are evolutionary adaptations that have evolved by natural and sexual selection. He explained the roles that emotions play in the biology of animals, and extended those explanations to humans. He argued that emotions are essentially biological processes analogous to other physiological adaptations, and that the methods by which they can be studied are similar to those by which any other inherited trait can be scientifically analyzed.

EVOLUTIONARY PSYCHOLOGY 1.1.5

Near the end of the previous chapter, I mentioned that Darwin proposed in the Origin of Species, that “instincts” were behavioral adaptations that had evolved by natural and sexual selection.

In a chapter in the Origin entitled “Instincts,” Darwin explored this idea in the light of his overall theory of evolution by natural selection. In particular, like many of his contemporaries Darwin was fascinated by the behavior of social insects, especially ants and bees. He pointed out that their highly specialized behavior and mode of reproduction posed a serious problem for his theory, a problem that he needed very much to solve.

Darwin on Instincts

In the chapter on instincts, Darwin was very careful to distinguish between the evolution of intelligence and the evolution of instincts. In the Origin, Darwin did not speculate about the evolution of intelligence at all, but rather confined his discussion to the behavior of non-human animals. However, he did make it clear that he believed that there were strong analogies between some of the instinctive behaviors of non-human animals and similar behaviors in humans.

Darwin initially avoided defining “instincts” directly. Instead, he provided multiple examples of the kinds of behaviors he was referring to when he used the term “instinct.” In other words, he used the kind of functional analysis that I described in the previous chapter. We will see this technique being used over and over again, not only in evolutionary biology as a whole, but especially in evolutionary psychology.

The examples of instincts cited by Darwin in the Origin have the following properties:

1. Instincts are not acquired (i.e. learned) via experience.

2. On the contrary, instincts can be performed by individuals who have never learned how to perform them, nor experienced the same set of stimuli before in their lives.

3. In particular, instinctive behaviors can be elicited from animals that have been raised in isolation since birth (or since hatching, as often the animals being tested were birds).

4. Instincts are stereotyped. That is, they are performed in very much the same way every time, both by the same individual at different times and by most of the members of a given species (i.e. they can be referred to as pan-specific behaviors).

5. Furthermore (and in contrast with many human behaviors), instinctive behaviors do not seem to require judgment or reason on the part of the individuals performing them.

6. By implication, this means that instincts are essentially unconscious; that is, they are not the result of conscious deliberation or intentions.

Darwin also took great pains to distinguish between “instincts” and “habits.” He pointed out that habits are stereotyped behaviors that are acquired during an individual’s lifetime, usually by constant repetition. However, Darwin also believed that some habits could be inherited, especially as the result of use and disuse. In that respect, Darwin clearly believed in the possibility that evolution could proceed by the inheritance of acquired characteristics, a theory proposed a half century earlier by the Frenchman, Jean-Baptiste Lamarck. If he were referring to anatomical or physiological characteristics, we would be safe in rejecting Darwin’s assertion that acquired traits such as habits can be inherited. As August Weismann and others showed, acquired anatomical characteristics (such as missing tails in mice, chopped off by the experimenter) cannot be inherited from parents to offspring.

However, some behaviors are learned from other individuals, and not just from parents to offspring. To the extent that a behavior can be learned or modified during an individual’s lifetime that behavior is essentially an acquired trait that can be passed on (i.e. “inherited”). Some behaviors, in other words, follow the rules of Lamarckian evolution. As we will see, there is evidence that we inherit (via Darwinian mechanisms) the tendency to learn certain behaviors (via Lamarckian mechanisms), and that we learn such behaviors surprisingly easily.

sexta-feira, 4 de maio de 2012


I Encontros Graduados


PROGRAMAÇÃO
Local: Centro de Pós-Graduação de Sociologia: ICC BSS-497/57
Abertura: Prof. Ordep Serra (UFBA), terça-feira (8), às 17h
Palestra: Racismo, tolerância e violência: os terreiros sob ataque.
GT 01. Teorias Antropológicas e Sociológicas
Quarta-Feira (09/05), às 9h
Debatedores: Emerson Rocha (SOL) e Rafael Almeida (DAN)
Iara Souza Vicente - "Sobre Tragédias e Sobre o Real"
João Vinicius Marques - "O Cotidiano, O corpo, A percepção, As práticas: Perspectivas teórico-metodológicas em uma pesquisa etnográfica em Saúde"
Olavo de Souza Pinto Filho - "Os conceitos trocados e as obrigações de retribui-los: pelo retorno do Hau"
Pedro Martins de Menezes - "O Satanismo Metodológico: é possível um saber compreensivo deixar de se compreender?"
GT 02. Política e Movimentos Sociais
Quarta-Feira (09/05), às 14h
Debatedorxs: Nanah Sanches Vieira (SOL) e Paique (DAN)
Amannda de Sales Lima - "O Sistema Prisional Brasileiro e a Violação dos Direitos Humanos”
Amannda de Sales Lima e Rayanne de Sales Lima - "A Política Contra a Violência à Mulher para Além da Defesa da Família - Uma análise da Lei Maria da Penha e da Lei Anti-Baixaria"
Gustavo Belisário D’Araujo Couto, Rodrigo Oliveira de Castro Dias e Vinicius Prado Januzzi - "Influências recíprocas entre história, lideranças locais e eleitorado nas eleições de 2010 na Cidade Estrutural - DF"

GT 03. Educação e Aprendizagem
Quinta-Feira (10/05), às 9h
Debatedorxs: Lauro Stocco (SOL) e Layla Jorge (SOL)
Ana Lívia Rolim Saraiva - "Uma visão sobre técnica e aprendizagem em um laboratório do Teatro das Oprimidas"
Cecília Santos Vianna e Tamires Barbosa Rossi Silva - "O PIBID como possível ferramenta para processo de consolidação de interdisciplinaridade da disciplina de sociologia no ensino médio: uma análise de ação"
Mariana da Silva Mourão - "Troca de Saberes a partir da experiência em agroecologia no assentamento colônia I, Goiás"
Roberto Rego Mendes - "Percepções sobre aprendizagem musical"
Salles Dimitri Melo Oliveira - "Projeto ‘E Eu Com Isso? ’: por um questionamento dos papeis sociais e uma proposta diferenciada em educação"
GT 04. Percepções do Espaço
Quinta-Feira (10/05), às 14h
Debatedorxs: Herika Chagas (DAN) e Bruno Gontyjo (SOL)
Henrique Fialho Barbosa - "Geopolítica como percepção particular do espaço"
Letícia Canonico de Souza - "Condomínio ou “Semdomínio”? Medo e Insegurança na Paisagem Urbana de São Paulo-SP"
Lucas De Costa Farage Fonseca - "Quem vê o bicho? Um diálogo sobre pessoas invisíveis e espaços públicos"
Tiago Mendes Rodrigues dos Santos - "Projeto 'Play': Uma apresentação do eu nas noites da 904 Sul"

GT 05. Gênero: produções clássicas e contemporâneas

Sexta-Feira (11/05), às 9h
Debatedoras: Ludmila Gaudad (SOL) e Mariana Cintra (DAN)

Laura Luedy – “Trabalho domesticado: estudo do impacto do Programa Bolsa Família sobre a divisão sexual do trabalho”
Matheus Gonçalves França – “’Pro meu corpo ficar odara’: mapeando políticas públicas para transexuais em Goiás”

 GT 06. Religiosidades
Sexta-Feira (11/05), às 14h
Debatedora: Mayra Resende (SOL)
Emmanuel Felipe de Andrade Gameleira - "Cristãos homossexuais? Notas para uma reflexão sobre a Comunidade Cristã Nova Esperança, em Natal/RN"
Fabiana Santos Rodrigues de Oliveira - "Danças Circulares - Subjetividade, Integração, Política e Religiosidade”
Olavo de Souza Pinto Filho - "África como destino”
GT 07. Teoria Social e Arte
Quarta-Feira (09/05), às 17h
Debatedor: Caio Csermak (DAN)
Felipe Medeiros Pereira - "Do humans dream of electric sheep?"
Maurício Piatti Lages - "Pintando o real: reflexões acerca do olhar moderno"
Rafaela Dantas de Souza Macedo - "Do movimento, da dança à técnica: criação, ensaios, espetáculo e outros momentos no ritual da dança"
Túlio Lourenço do Amaral - "Rito, jogo e arte: fronteiras e pertinências"
GT 08. Mostra Audiovisual
Quinta-Feira (10/05), às 17h
Debatedor: Tiago de Aragão (GRAVE)
Fausto Augusto Cândido Bezerra Junior - "Fausto: Significando o real sob a edge do imaginário coletivo"
Fernanda Silva do Nascimento - "Integra(ação): testemunho da minha existência e as ciências visível pra você?"
Lucas De Costa Farage Fonseca - "Passeando por entre Tambores e Pântangomios"
Encerramento: Prof. José de Souza Martins (USP), sexta-feira (11), às 17h
Palestra: A síndrome de Alice nas nossas ciências sociais: do diálogo ao monólogo

sexta-feira, 27 de abril de 2012

terça-feira, 24 de abril de 2012

Haraway


A transformação tanto dos atributos de extensão quanto dos atributos espirituais do que nos acostumamos a chamar de humano pela interação com o que nos acostumamos a chamar de “não-humano”, seja este “não-humano” de ordem orgânica (animais) ou não-orgânica (máquinas), põe em cheque nossa noção comum de subjetividade, isto é, nossa noção comum de fonte de intencionalidade ou, em uma palavra, de humanidade.
Com o ciborgue, que é resultado, nos termos de Haraway, da “humanização da máquina” e da “maquinização do humano” – eu prefiro dizer, por julgá-lo mais exato, da organificação do inorgânico e da inorganificação do orgânico -, nossas regiões ontológicas tradicionais se confundem. É que a autoria transcendente, que antes parecíamos reputar apenas a certas entidades possíveis, agora é faculdade de todas as entidades possíveis.
A singularidade e a exclusividade do humano se dissolve – tudo pode ser humano e tudo pode não ser. Tudo pode ser vetor e fonte de intenção ou não ser. Isso nos força a deixar de pensar sujeitos como mônadas fixas e, para aproveitar nosso contato recente com a ontologia deleuziana,  mais como resultado de fluxos e intensidades espirituais e materiais (reais). O humano não é mais uma entidade segura – aliás, não existe mais entidade segura. O humano se revela agora como sendo não um ser (being), mas como um devir (becoming).
Podemos ilustrar esse movimento partindo de uma imagem retirada das Ideen II de Husserl com que me deparei enquanto fazia minhas leituras livres sobre pós-humanismo para a intervenção de hoje. Para Husserl, (1) coisas fazem parte do mundo material por estarem causalmente relacionadas com outras num contexto temporal e espacial; (2) o espírito faz pertence ao mundo humano por ser dotado de significado e intenção e (3) o corpo realiza a transição entre essas duas regiões ontológicas por ser tanto objeto material quanto órgão da intenção, isto é, por ser tanto capaz de tocar quanto passível de ser tocado. Em Haraway, o ciborgue revela que tudo é corpo – ou, pelo menos, que tudo pode ser corpo.
Isso tudo parece muito bonito e profundo, mas não posso deixar de levantar duas questões à autora. A primeira das quais eu temo dizer que seja a mais educada delas. Ela diz respeito a algo que ela disse em sua entrevista “Se nós nunca fomos humanos”. Ali, a autora negou que o houvesse ciborgue desde a origem da humanidade. O ciborgue é produto, ela diz,  de um processo iniciado no fim da segunda Guerra Mundial ou, na melhor das hipóteses, a partir do fim do séc. XIX. Qualquer tentativa de o reportar às origens da humanidade seria um erro. Mas como? Não imbricamos nossos corpos com os corpos de seres orgânicos e inorgânicos desde de sempre (ou desde há tanto tempo que sequer é possível datá-lo)? O que dizer da existência conjugada do cavalo e de seu cavaleiro, do objeto cortante e de seu manuseador costumeiro, novidades do capitalismo tardio? Esses encontros não agem consideravelmente sobre os esquemas de ação, sobre as formas de agir, sentir e pensar dos atores envolvidos? A habilidade da escrita não age sobre a memória, sobre o pensamento e sobre a expressão de quem a porte? Talvez seja verdade que essa conexão seja mais intensa contemporaneamente, mas ela me parece ser puramente uma questão de grau que não nos permite recusar o nome de ciborgue aos ciborgues menos radicais de outros tempos.
A segunda questão diz respeito à em que medida a tese da co-produção dos entes físicos e não-físicos e orgânicos e não-orgânicos é uma grande novidade. A obsessão de clássicos da cultura humanista como Montesquieu com, por exemplo, os efeitos do relevo sobre o indivíduo e a sociedade não é um eco disso? E, mais radicalmente até, as esconjuradas hipóteses de Lamark sobre em que medida  a atividade de cada homem se inscreveria em seu genoma não revelam uma mesma sensibilidade? Eu acho que a tese da agência das coisas é mais velha do que queremos admitir. It’s old wine in new bottles.

Por que o filósofo não respondeu à pergunta?

Porque ele a achou muito Espinosa.